A
Estratégia de Saúde da Família (ESF) do Centro do município de Herval d'Oeste
iniciou no ano de 2011, uma “roda de conversa” com o objetivo de aumentar o
vínculo entre equipe de saúde e usuários, além de propiciar espaços de
discussão acerca de assuntos referentes a situações de saúde e de cidadania,
bem como criar espaços que propiciem a promoção e prevenção em saúde, possibilitando
desta maneira a criação do senso de responsabilização pela saúde no indivíduo e
na comunidade, e a promoção de atividades educativas que enriqueçam o
conhecimento dos participantes em saúde integral.
As
atividades da “Roda de Conversa” iniciaram frente à necessidade de buscar novas
alternativas de intervenção, sendo as atividades de educação em saúde uma forma
eficiente de construir saberes, tendo como outro ponto positivo o baixo custo
frente ao benefício futuro. A proposta foi assertiva e se mantém até hoje.
Tendo como ações, atividades de educação em saúde
diferenciadas, mostrando que a troca de experiências enriquece o conhecimento
relacionado à saúde integral, propiciando desta forma mudança de hábitos
negativos e gerando atitudes que terão reflexos em longo prazo de forma
ampliada, sejam estas na qualidade de vida da população, nos índices de
avaliação do município, no cumprimento de metas, no combate as neoplasias e
especialmente na redução dos gastos com consultas, medicamentos, exames e
internações.
Estimamos
que cerca de 60 a 80 pessoas participam das “Rodas de Conversa” mensalmente, tornando-se
multiplicadores das informações discutidas na atividade.
As “Rodas de Conversa” da ESF Centro de Herval d’Oeste
eram realizadas em residências pertencentes a duas (02) micro-áreas, sendo que
o tema era definido pelas agentes comunitárias de saúde (ACS) que buscavam um
profissional técnico para mediar a “Roda de Conversa”.
No ano de
2013, as “Rodas de Conversa” foram expandidas para todas as micro-áreas da ESF.
Apesar de cada encontro ter um assunto pré-definido, a conversa sempre foi
livre para alcançar diversos assuntos de interesse dos participantes no
instante da reunião. Visto também, como um ótimo espaço para recados e
divulgação das datas de eventos epidemiológicos, como por exemplo, campanhas de
vacinação.
A mudança da compreensão do funcionamento da
Unidade de Saúde, fez com que os usuários entendessem a atenção básica além das
consultas médicas, do medicamento e dos exames, mas também a vissem como
mediação de alerta quanto aos direitos e deveres, estimulando a
responsabilização e o auto-cuidado, a estimulação e o desenvolvimento da
capacidade de comunicação das ACS e dos usuários, a desmistificação através da
explanação e da discussão da forma de verificar alguns serviços, a estimulação
para o trabalho em equipe, a possibilidade de escuta favorecendo a coleta de
sugestões, o resgate do conhecimento popular, entre outros são fatores
apontados como positivos na realização da atividade, que mostraram a
importância da intersetorialidade para a efetivação da política de saúde
pública e o estimulo para implantação de práticas integrativas e complementares
na unidade de saúde.
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